Hoje só me apetece dizer o quanto me sinto triste, profundamente triste!
Sou uma mulher alegre, aparentemente sempre bem disposta, sempre pronta para os amigos, mas não sou feliz. É triste admiti-lo, mas não sou feliz!
A vida é dura e teima em pregar rasteira atrás de rasteira.
Sou uma mulher apaixonada, mas não consigo efectivar o meu amor.
Adoro a minha profissão, faço o que sempre sonhei, mas o sucesso teima em me escapar das mãos.
Resta-me a saúde. À parte de uma miopia já avançada (corrigida com lentes de contacto), sou ainda perfeitamente saudável.
Tenho um coração enorme (sem falsas modéstias) e sou (quero continuar a ser) ingénua e um pouco inocente.E, talvez por isso, sou constantemente magoada (às vezes, mesmo sem intenção de quem acaba por me magoar).
Abdico de mim própria, do que eu quero, para agradar os outros.
Eu só quero ser feliz, sentir-me feliz, sentir-me amada e desejada, querida, sentir que os outros (aqueles que me dizem alguma coisa) gostam de mim...
Tenho um circulo de amigos razoável e sei que todos eles nutrem por mim um grande carinho e ternura. Sei que mesmo as pessoas que não convivem diariamente comigo acabam por sentir a minha boa energia (sim, porque ela está cá!).
Mas algo em mim teima em fazer-me sentir assim, infeliz, triste... um enorme vazio no peito, que não consigo preencher.
Há dias li num e-mail qualquer, enviado por alguém (que certamente gosta um pouquinho de mim), que só encontramos a felicidade quando deixamos de a procurar no exterior. Temos de nos sentir bem connosco para podermos sentir a felicidade... Será por aí?

(desculpem o desabafo, mas há dias assim...)