Bate leve levemente...

Bate leve levemente... e é mesmo a chuva!
Há alturas em que realmente aprecio este tempo. Chuva, vento, dia cinzento... Dias em que posso ficar na cama o tempo que me apetecer, sem pensar em horários, trabalho, nada!!
Hoje está a ser um desses dias. Estou na sala, a escrever, ao som de Diana Krall e a ver a chuva cair lá fora. Sabe tão bem...
Hoje acordei cedo e com vontade de fazer amor...
O quarto estava escuro (apenas com a luminosidade do relógio despertador) e ouvia-se a chuva lá fora...
Virei-me para o lado e lá estava ele a dormir. Conseguia ver as suas formas, senti a sua respiração calma... dormia profundamente ainda.
Levantei-me e fui-me refrescar. Um duche rápido, mas revigorante. E o meu desejo ia aumentando... Resisiti a brincar com o chuveiro, guardando-me para ele. Sequei-me e voltei para a cama, nua. Aproximei-me dele e percebi que estava a despertar.
Colei-me às costas dele e comecei a beijar-lhe o pescoço e a nuca, rocando-me ligeiramente para que pudesse sentir a minha nudez. Sem se virar, começou a acariciar-me as nádegas... Quando a minha mão desceu até ao seu sexo, pude perceber que o desejo dele era tão ou mais intenso que o meu... Virou-se para mim e beijamo-nos intensa e demoradamente.
Depois, virou-me de costas e massajou-me o corpo todo, ao mesmo tempo que ia depositando leves beijos. Cada vez mais excitada, comecei a procurar o seu membro... Posicionamo-nos de forma a que cada um pudesse brincar com o sexo do outro e só paramos quando ambos estavamos quase no auge.
Voltei a virar-lhe as costas e pus-me de quatro, pronta para o receber. Ele penetrou-me sem pressa e sem qualquer dificuldade, tal era o meu estado de excitação! Entrou em mim primeiro muito suavmente, com as mãos apenas apoiadas nas minhas costas, mas assim que comecei a gemer de prazer, agarrou-me com força as ancas e penetrou-me com intensidade até ao orgasmo! Deitamo-nos, cansados, lado a lado e disse-lhe baixinho "foste maravilhoso" ao que ele me respondeu com um simples "amo-te"...
Há já algum tempo que não nos amavamos assim. Foi mesmo muito bom.

Destino?

Às vezes dou comigo a pensar em como as coisas acontecem e porquê.
O porquê é o mais difícil de explicar. As coisas acontecem porque têm de acontecer. Não é? Chamem-lhe destino, chamem-lhe o quiserem. A verdade é que nos vemos muitas vezes envolvidos em situações que não procuramos e das quais não sabemos (ou talvez não queiramos) sair.
Com o Rodrigo foi assim. As coisas simplesmente foram acontecendo. Sem planos, sem premeditações, mas com uma intensidade e uma rapidez quase assustadoras!
Conhecemo-nos um dia e, bem ao jeito dele – hoje percebo isso – as coisas evoluíram de uma simples amizade (que se mantém) e/ou atracção (que também se mantém) para uma forte e aparentemente indissolúvel ligação num ápice.
Com o Rodrigo tudo acontece muito rápido! Ele tem uma enorme ânsia de viver e vive cada minuto como se fosse o último. Quando estamos com ele, somos levados a viver com a mesma intensidade e velocidade. Acho que essa é uma das coisas que muito me atrai nele (são tantas, que se torna difícil enumera-las).
Nessa vertigem que foi conhece-lo, tão depressa nos conhecemos, como depressa aconteceu o primeiro beijo (se ainda não estava apaixonada, nesse momento perdi-me de amores!), que rapidamente evoluiu para as primeiras caricias e daí à nossa primeira vez (juntos, entenda-se) foi quase uma fracção de segundos na imensidão do tempo.
Recordo o primeiro beijo com intensidade. Parece que o sinto de cada vez que o recordo! Um beijo doce, meigo, suave, cheio de desejo, que prolongamos o máximo de tempo que conseguimos. Esquecemos o que nos rodeava, esquecemos onde estávamos, esquecemos o mundo! Parecia que naquele momento nada mais existia senão nós os dois, as nossas bocas, os nossos lábios que se tocavam, inicialmente quase a medo, depois com voracidade, as nossas línguas que se enroscavam e digladiavam, os nossos corpos que quase se fundiam num só, movidos pelo desejo...
Nunca me sentira assim, nem mesmo quando tive a minha primeira experiência sexual!
Envolta naquela sensação de bem-estar e de puro êxtase, despedi-me de Rodrigo e fiquei a aguardar o nosso próximo encontro, ansiosa e questionando-me o que iria acontecer da próxima vez... A expectativa era enorme, admito!

O meu deus moreno

Ontem passei o dia a dormir (sim, a dormir, principalmente porque não dormi rigorosamente nada na noite anterior) e durante as intermitências do sono (acordava algumas vezes, mas assim que olhava para a tv voltava a adormecer... ainda consegui ver algumas partes do "lost", mas não muito) tive um sonho recorrente... confesso que fiquei com vontade de o pôr em prática...

Nesse meu sonho via-me num local absolutamente desconhecido. Sei apenas que estava numa dessas praias paradisiacas que muitos de nós ambicionamos conhecer nesta altura de verão (ou em qualquer outra altura do ano...).
Estava acompanhada por um homem, a quem nunca vi a cara. Vi-lhe apenas os braços morenos e fortes, luzidios de tão morenos. A dado momento, ele puxou-me e afastamo-nos do resto das pessoas que nos rodeavam. Não sei para onde fomos, não faço ideia se era um quarto, uma sala, ou qualquer outro espaço! Lembro-me apenas da sensação de perigo que sentia e da imensa excitação que isso me estava a provocar. Lembro-me de sentir aqueles magnificos braços rodearem-me e prenderem-me com força. Lembro-me de me deixar levar sem fazer o menor esforço para resistir. E, no entanto, lembro-me também de ter a sensação que estava a fazer algo que "não devia", ou seja, por alguma razão não era suposto eu estar com aquele homem. Mas eu queria e muito estar com ele...
Estava detras de mim, abraçava-me e embalava-me. Fechei os olhos e deixei-me levar pelas sensações. A pele dele era macia, suave, apetitosa. Beijei-lhe a pele do antebraço e ele começou a beijar-me, primeiro a parte de trás do pescoço... desceu, seguindo a minha coluna vertebral... virou-me de frente (não o vi, pois mantinha os olhos fechados como que para reter cada sensação que os seus beijos me provocavam) e beijou-me a barriga... desceu um pouco mais, suave e lentamente até ao meu trinagulo secreto...
O espaço à nossa volta era indefinido. Parecia que estava tudo coberto por um tecido acetinado de uma tonalidade de cinzento que tornava tudo etéreo e só existia eu, ali, nua, perfeita, num estado de verdadeiro êxtase, e ele, um deus moreno, a quem apenas vi os braços, mas de quem senti tudo!
Sentei-me e ele afastou-me gentilmente as pernas, colocou-se à minha frente. Começou por me massajar os pés... beijou-me um e outro e subiu até aos joelhos... depois, foi subindo beijando-me a parte interior das coxas, deixando-me completamente em fogo ardente! Quando estava quase lá, parou, deixando-me em suspenso...
Agarrei-o pelos cabelos, tal era o meu estado de excitação e ele satisfez o meu desejo expresso naquele gesto: com beijos e magnificos movimentos de língua, provocou-me uma explosão de prazer tal que acordei completamente humida e transpirada!
Sozinha e nua, na cama...
Levantei-me e fui para a sala. Deitei-me no sofá e comecei a brincar sozinha, a recordar o sonho, a pensar no meu deus moreno... já sentada no tapete, encostada ao sofá onde me tinha deitado, atingi o orgasmo.

Deitei-me novamente, liguei a tv, voltei a adormecer e voltei a sonhar com o meu deus moreno...
O espaço era o mesmo, ele era o mesmo, apesar de continuar a ver-lhe apenas os braços.
Beijou-me e senti os seus lábios sobre os meus, suaves, doces, meigos. Na sua boca senti frescura e desejo. Senti a sua lingua procurar a minha e enteguei-me aquele beijo avidamente. Abracei-o e senti os seus braços rodearem-me. Apertou-me contra o seu corpo e pude sentir o seu sexo duro e erecto. Empurrei-o contra a parede, beijei-lhe o peito e desci até ao seu eu que parecia estar ainda mais duro e firme.
Comecei por lhe dar apenas suaves beijos fugidios. Depois, introduzi a sua glande na boca e suguei-a. Ouvi-o gemer (adoro ouvir o meu companheiro gemer de prazer) e meti todo o seu sexo na minha boca, apesar da sua imensidão. Agarrei as suas nadegas rijas com uma mão, enquanto segurava o seu sexo com a outra e o levava ao extase na minha boca... Desta vez não acordei.
O meu deus moreno agarrou-me agora com mais intensidade, beijou e mordeu-me os seios. Sentou-me sobre ele e penetrou-me com força, fazendo-me gemer de prazer. Depois pediu-me baixinho que o cavalgasse, a que eu acedi com imenso prazer! Subi e desci com sofreguidão sobre o seu mastro, parecia que estava esfomeada! Até que de repente, estava eu quase a atingir mais um orgasmo, ele me fez parar; levantou-me, virou-me e penetrou-me por trás com toda a força. Em poucos segundos, ambos gemendo, atingimos juntos mais um fantástico orgasmo!
Desta vez acordei quando me vi deitada a relaxar depois de todo aquele prazer! Levantei-me e fui tomar um duche. Voltei a masturbar-me, desta vez com a ajuda do chuveiro.

Foi, na verdade, um dia de muito sono e muuuiito prazer!! Onde andas tu, meu deus moreno?!

p.s. a minha história com o Rodrigo terá continuação, porque realmente preciso de a colocar em palavras, para a resolver dentro de mim mesma!