Norah Jones

Entraste em casa e eu estava no banho. Um relaxante banho de espuma e sais.

As luzes estavam desligadas e apenas as velas tremeluziam.

No ar sentia-se o cheiro intenso de incenso.

Ao fundo, findo da sala, ouvia-se Norah Jones…


“… Come away with me and we’ll kiss

On a mountain top

Come away with me

And I’ll never stop loving you

And I want t wake up with the rain

Falling on a tin roof

While I’m safe there in your arms

So all I ask is for you

To come away with me in the night

Come away with me”

Paraste na porta e ficaste a apreciar-me.

Estava tão relaxada que nem me apercebi da tua presença. Na verdade, não contava contigo. Era ainda muito cedo para estares em casa.

Eu estava quase adormecida, completamente perdida a cantar mentalmente a música…

“What am I to you

Tell me darlin’ true

To me you are the sea

Vast as you can be

And deep the shade of blue

When you’re feelin’ low

To whom else do you go?

I’d cry if you hurt

I’d give you my last shirt

Because I love you so…”

Quando me apercebi já estavas completamente nu e a aproximares-te da banheira.

Sorri e ajeitei-me para te receber junto a mim.

Entraste sem te fazeres rogado e aninhaste-te junto a mim.

Abraçaste-me com ternura. Sim, tu sentes quando eu preciso de mais carinho e atenção.

Beijaste-me com a mesma ternura… mas eu já estava a ficar excitada com a tua presença no banho.

Podia sentir o nosso menino crescer e endurecer. Também tu te apercebeste da minha excitação. Os meus mamilos roçavam, erectos, a tua pele.

Sentei-me sobre ti, aconchegando o teu pau entre os meus lábios, sem o deixar penetrar-me.

Beijei e mordi ao de leve o teu peito. Puxaste-me e beijaste-me com intensidade. Senti a tua língua procurar a minha, as nossas salivas misturando-se, a nossa excitação a crescer…

Fizemos o teu mastro deslizar para dentro da gruta do prazer. A excitação era tal que nem a água disfarçava a humidade da minha ratinha.

Fizemos amor com ternura, mas com muita tesão…

Os meus gemidos aumentavam na mesma proporção a que aumentava o ritmo do vai e vem…

Quando me vim, enterrei-me literalmente em ti. Senti uma enorme necessidade de te sentir todo dentro de mim!

Viraste-me e penetraste-me com mais força ainda, até também tu explodires de prazer. Pude sentir o teu leitinho quente a escorrer de dentro de mim… tão bom…

Voltamos a deitar-nos lado a lado na banheira, abraçados.

E a Norah Jones continuava…

Sunrise

Sunrise

Looks like morning in your eyes

But the clocks held 9:15 for hours

Sunrise

Sunrise

Couldn’t tempt us if it tried

‘Cuz the afternoon’s already come and gone

And I said

Oooo, oooo, oooo

To you…”

Esta coisa dos blogs e dos bloguistas...

Caríssimos leitores (como me sinto importante a começar este texto assim!!! :D)…

Ok, acho que a falta de tempo para tudo, sobretudo para mim mesma e para as coisas que eu gosto (como vir aqui escrever qualquer coisinha, partilhar um momento ou até mesmo uma fantasia) me anda a afectar os neurónios!! Se um dia destes se aperceberem de que, além de passar temporadas sem escrever, começo a escrever apenas e só disparates, por favor, AVISEM-ME!!

Bom, ultrapassado este momento de desabafo, vou permitir-me tentar responder convenientemente às reflexões do intitulado “Voyeur de bolgs”, cujo comentário muito agradeço e aqui transcrevo. Aproveito também para lançar um desafio e pedir a todos os meus amigos que visitam este blog (e que ainda não desistiram de mim) que façam também os vossos comentários. Eu agradeço e penso que o nosso amigo voyeur também agradecerá. Afinal, aprendemos uns com os outros e com diferentes pontos de vista.

Então, diz assim o Voyeur de bolgs:
“Mas pense nisto (se lhe apetecer) 1. Como alguns outros autores de blogs, a Sarah escreve bem, digamos que acima da média e olhe que isto é um elogio. 2. A Sarah tem no fundo uma grande necessidade de comunicar mas não o assume. Se assim não fosse este blog não existiria pois tudo o que aqui nos conta, já o vento teria levado em palavras mil vezes sopradas por si aos que a rodeiam. Esta é também uma das características dominantes dos blogistas. 3. A Sarah, como tantos outros blogistas, quer ser ouvida. Para tal, aceitará até comentários que na vida real proibiria de imediato. Ou não? 4. Isto tudo, minha cara Sarah, para lhe dizer que, à semelhança da grande maioria dos bloguistas, a Sarah é apenas mais uma pessoa. Tout court, como nós todos na vida real. Ah e bem podem fantasiar e tentar ser excêntricos. Somos todinhos feitos da mesma massa. 5. Em defesa de alguns bloguistas, muito poucos na realidade, importa dizer que há por aí talentos que encontram neste meio, os blogs, a possibilidade de se expressarem e darem a conhecer, dado que o nosso mercado de merda é tão eficaz em 'abortar' talentos. 6. Claro que nem falei da muita merda que existe na blogoesfera, não será esse o seu caso na minha opinião, merdas comerciais, merdas pornográficas, merdas de merda etc... 7. Bom, ainda ando a analisar esta coisa dos blogs, tipo voyeur, mas, minha cara Sarah, percebo, aprecio e dou valor, ás pessoas que como a Sarah nos contam intimidades suas, a expressão é sua, e que com isso nos divertem, estimulam, incentivam e até nos educam, a nós os voyeurs. E agora vou acabar, vou ao tal do mas... 8. Só não percebo é porquê que se retratam todos de uma maneira tão, mas tão absurdamente irreal. A Sarah, como todos os bloguistas, não pode ser como essa sua imagem que nos mostra uma mulher impossível. O seu imaginário como a sua realidade, assim como de todos os bloguistas, não pode ser como nas imagens fantásticas com que vocês ilustram os vossos blogs. Tipo homens e mulheres que de tão perfeitos, só nos fazem pensar a nós, que somos apenas bonitos, que afinal somos é horrorosos. Descartáveis. Não sei se me fiz entender e olhe, Sarah, calhou-lhe a si este meu desabafo...podia ter calhado a outro...mas li o seu post do jantar com o Ricardo, que gostei pois claro, mas detestei as ilustrações. Aquilo são marcianos...”

Querido Voyeur de bolgs:
1º Agradeço o elogio. Sabe sempre muito bem alguém nos dizer que escrevemos bem, sobretudo – penso eu – quando se trata de algo que gostamos de fazer, pois a verdade é que adoro escrever! E escreveria muito mais e sobre tudo e qualquer coisa se não fosse tão auto-critica! Sim, a verdade é que mesmo aqui, mesmo escrevendo sobre um pretenso anonimato, a (auto) censura está sempre presente. O que, pensando bem, até pode não ser um erro… talvez seja mais uma forma de evitar encaixar-me na “muita merda que existe na blogoesfera”…
Quanto à minha “grande necessidade de comunicar”, não a nego. No dia-a-dia, quer a nível pessoal, quer a nível profissional, mais do que falar, ouço as pessoas. Dizem que sou uma boa ouvinte e orgulho-me disso. Mas quando chega a minha vez de me fazer ouvir (e aqui estou a excluir a vida profissional), a tal auto-critica e censura inibe-me. Muito do que teria para dizer não é dito porque pode ser mal interpretado, porque pode não corresponder ao que os outros pensam e eu não quero ficar “mal”. É uma estupidez, eu sei. Tenho os meus pontos de vista e tenho mais é que os expressar. Mas talvez às vezes sinta (se calhar erradamente) que as pessoas que me rodeiam não me iriam entender. E nesse caso, prefiro ficar calada. Mas não se subentenda disto que aceito sempre os pontos de vista dos outros. Do meu jeito, às vezes subtilmente, demonstro a minha concordância ou não e expresso a minha forma de ver as coisas. Confesso que me acontece surpreender-me com a receptividade de quem me ouve, mas mesmo assim o raio da censura está sempre lá…
Este blog (e mais um ou dois de conteúdo diferente que neste mundo da blogoesfera tenho a honra de manter) é, de facto, uma forma de me expressar mais livremente, de partilhar pensamentos que de outra forma não partilharia. É, em suma, um escape, uma libertação.
Sentir que sou ouvida (ou lida) dá-me, admito, uma grande satisfação. Receber elogios, sentir o apoio de outras pessoas que, como eu, encontram neste mundo um escape, sentir-me apreciada, é estimulante e empolgante. Os comentários que cara a cara “proibiria de imediato” fazem parte deste mundo e servem como motivo de evolução. Como tudo na vida, tanto as coisas boas como as más devem servir-nos sempre para aprendermos algo, para mudar o que tem de ser mudado e reforçar o que não deve ser mudado. Estarei errada neste meu pensamento?
Concordo consigo, quando diz que tudo o que acabo de descrever são características comuns à maioria dos bloguistas e também concordo que, tal como os outros, sou apenas mais uma pessoa. Não me considero especial, nem excêntrica. Sou uma pessoa normalíssima, com sonhos e fantasias como todas as outras (mesmo as que não as admitem) e que escolheu esta via para expressar momentos, sentimentos e pensamentos que de outra forma não partilharia. Não é o que fazemos todos?
Além do mais, penso que nada do que escrevi aqui até hoje transmite excentricidade. São tudo coisas reais e que já aconteceram a todos nós, com mais ou menos este ou aquele detalhe. Terei eu descrito algo de irreal? Acho que não…
“Somos todinhos feitos da mesma massa” e espero que todos nós consigamos manter a excentricidade de continuar a fantasiar ;)
É verdade que, tal como já disse, há muita coisa dispensável na blogoesfera, muita merda, muita porcaria inútil e desnecessária. Desse tipo de blogs, fujo a sete pés. Mas também é verdade que há muita gente neste mundo (soa melhor do que “neste meio”, não acham?) com muita qualidade. Tenho lido coisas muito muito interessantes. Blogs que apetece ler sempre e sempre mais. Posso estar errada, mas sinto que bloguistas do mesmo “calibre” se “unem”. E penso dessa forma sobretudo desde que me apercebi que, tendo descoberto alguns blogs de qualidade que muito aprecio e que tento ler o mais assiduamente possível (vocês sabem quem são), sinto que muitos desses bloguistas também visitam o meu blog com alguma assiduidade (modéstia à parte, deve significar que também o meu blog tem alguma qualidade).
Quanto ao “mas”, a razão que me leva a ilustrar o meu blog com imagens de seres tão perfeitos que são quase irreais é que quase só se encontra imagens dessas na net. E se coloco algo que não é meu, então tento colocar algo que julgo apelativo. Mas penso que nós, que somos “apenas” bonitos não nos devemos deixar intimidar por essas imagens. Nós, que somos reais, somos muito mais belos e perfeitos do que eles, porque a nossa beleza é natural.
Compreenda, caríssimo voyer de blogs, que colocar essas imagens permite-nos manter a nossa privacidade, o anonimato, e, ao mesmo tempo, acrescentar algum colorido aos nossos textos. Mas acredite também que eu não sou, de todo, essa mulher impossível e, eventualmente, inalcançável.
Mais do que as imagens, o que conta neste mundo são as palavras. Essas sim transmitem o que nós realmente somos.
Não sei se era o tipo de resposta que esperava, mas agradeço-lhe imenso este incentivo para escrever. Foi um momento verdadeiramente terapêutico!! E foi, também, um momento de verdadeira exposição do mais íntimo do pensamento da Sarah!

Ah! e às vezes acontece como hoje. Eu bem queria juntar uma bela imagem a este textozito, mas blogger não colabora e portanto... vai mesmo assim, só texto.