Destino?

Às vezes dou comigo a pensar em como as coisas acontecem e porquê.
O porquê é o mais difícil de explicar. As coisas acontecem porque têm de acontecer. Não é? Chamem-lhe destino, chamem-lhe o quiserem. A verdade é que nos vemos muitas vezes envolvidos em situações que não procuramos e das quais não sabemos (ou talvez não queiramos) sair.
Com o Rodrigo foi assim. As coisas simplesmente foram acontecendo. Sem planos, sem premeditações, mas com uma intensidade e uma rapidez quase assustadoras!
Conhecemo-nos um dia e, bem ao jeito dele – hoje percebo isso – as coisas evoluíram de uma simples amizade (que se mantém) e/ou atracção (que também se mantém) para uma forte e aparentemente indissolúvel ligação num ápice.
Com o Rodrigo tudo acontece muito rápido! Ele tem uma enorme ânsia de viver e vive cada minuto como se fosse o último. Quando estamos com ele, somos levados a viver com a mesma intensidade e velocidade. Acho que essa é uma das coisas que muito me atrai nele (são tantas, que se torna difícil enumera-las).
Nessa vertigem que foi conhece-lo, tão depressa nos conhecemos, como depressa aconteceu o primeiro beijo (se ainda não estava apaixonada, nesse momento perdi-me de amores!), que rapidamente evoluiu para as primeiras caricias e daí à nossa primeira vez (juntos, entenda-se) foi quase uma fracção de segundos na imensidão do tempo.
Recordo o primeiro beijo com intensidade. Parece que o sinto de cada vez que o recordo! Um beijo doce, meigo, suave, cheio de desejo, que prolongamos o máximo de tempo que conseguimos. Esquecemos o que nos rodeava, esquecemos onde estávamos, esquecemos o mundo! Parecia que naquele momento nada mais existia senão nós os dois, as nossas bocas, os nossos lábios que se tocavam, inicialmente quase a medo, depois com voracidade, as nossas línguas que se enroscavam e digladiavam, os nossos corpos que quase se fundiam num só, movidos pelo desejo...
Nunca me sentira assim, nem mesmo quando tive a minha primeira experiência sexual!
Envolta naquela sensação de bem-estar e de puro êxtase, despedi-me de Rodrigo e fiquei a aguardar o nosso próximo encontro, ansiosa e questionando-me o que iria acontecer da próxima vez... A expectativa era enorme, admito!

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